Hey Doctor, Doctor!

Mais uma noite de plantão, não que me incomodasse ter o que fazer em um domingo de noite, mas eu já estava ficando um pouco mais cansada do que o normal, peço para uma das enfermeiras me levar um copo de café, eu não poderia sair da UTI nem em meu tempo livre. Recebo uma ligação, era uma emergência, acidente de carro, nada muito grave mas eu precisaria dar uma boa olhada na perna do homem que estava na moto. Sem pensar duas vezes vou até a entrada de pacientes de ambulancias, e a porta de emergência se abre com um estrondo, precisávamos agir com rapidez. Corro para ver a situação do paciente enquanto a maca era empurrada para uma das salas de operação, o homem estava inconsciente, a situação na perna não era tão grave quanto parecia mas precisaria levar alguns pontos para estancar o sangramento, passo para o braço que também estava com bastante sangue, e vários ferimentos à mostra, mas novamente, apenas limpar o local do ferimento seria o suficiente, passo então para a cabeça, que também estava com alguns arranhões, mas nada de mais, nada profun..


Seojae! Eu não era de me desesperar em situações como essas, mas tive que respirar fundo alguns segundos para poder não perder a cabeça, certo, Seojae era meu paciente, deveria tratá-lo como tal. Esqueço o meu lado pessoal com ele por um momento, e entro na sala de cirurgias, tiro o jaleco e coloco o avental verde, lavo as mãos e coloco as luvas, uso este tempo para pensar no que precisava ser feito com mais urgência. Entro na sala de cirurgia onde o Seojae se encontrava, faço a limpeza dos ferimentos e logo em seguida passo para a fase de costurar. Termino o processo com a ajuda dos enfermeiros, por sorte Seojae ficara inconsciente durante todo o processo, dou as instruções finais para os enfermeiros e faço um útimo pedido antes de sair da sala. - Levem-o para o quarto 529 assim que ele acordar, eu cuidarei do resto das coisas. - Finalmente tenho tempo para respirar, retiro o avental e as luvas, jogando-os no lixo e logo indo lavar as mãos e colocar o jaeco novamente, eu sentia minha cabeça girar, era como se não estivesse mesmo acontecendo, como se eu não tivesse acabado de atender meu namorado secreto. Eu precisava do meu café, quente ou frio, precisava.


Já era manhã, e finalmente meu expediente terminara, antes de sair do meu turno, assinei todos os papéis necessários para a estadia de Seojae no quarto 529, fui para minha casa, tomei um bom banho quente, peguei mais um copo extra grande de café e voltei para o hospital, desta vez não como médica, mas como namorada. Compro algumas flores amarelas e uma caixa de chocolates antes de subir para o quarto, jogo o copo de café na lixeira da cafeteria e então vou para o quarto 529. Abro a porta do mesmo tentando fazer o mínimo de barulho possível, eu não queria acordá-lo caso estivesse dormindo, era realmente muito ruim ser incomodado em situações como essas.


Olho diretamente para a cama e percebo um Seojae muito mais corado do que na noite passada e também muito mais acordado. Sorrio um tanto aliviada e então vou para perto da cama - Annyeong! Eu trouxe chocolates. - Minha vontade era de abraçá-lo forte, coloco as flores e a caixa de chocolates em cima da mesa, mas então me contento apenas com me abaixar um pouco até conseguir tocar, a parte mais próxima dos lábios, de sua bochecha com meus lábios. Acariciando o rosto do mesmo sorrindo olhando-o feliz por não ter sido nada mais grave do que foi.

AT WITH SO

hospital er seojae meone call the doctor

Sinto os lábios do outro tocarem minha bochecha tão carinhosamente quando o beijo que eu havia o dado, deixo que meus lábios encontrem com os dele, era reconfortante tê-o comigo e o mais importante, vivo. Fico um tempo abaçada com Seojae, podia sentir o braço bom dele me envolvendo de forma tão calorosa e confortável.


Olho Seojae nos olhos quando o mesmo segura meu rosto, as lágrimas rolando dos olhos dele me fizeram ficar com os olhos marejados de lágrimas, eu poderia chorar agora, eu não era mais a médica, eu era a namorada, eu poderia chorar, era meu direito. Passo os dedos delicadamente pelo rosto de Seojae limpando as lágrimas do outro e deixando as suas rolarem em seu rosto.


Ouvir que ele me amava me fez sentir o coração acelerar cada vez mais, eu tinha muita sorte. - Eu te amo muito Seojae. Amo mesmo. Por favor não me assuste mais desse jeito, sim eu assinei, não queria que mais ninguém ficasse com você, eu tinha que te ter por perto. Eu te amo! - Falo com uma voz chorosa e baixa, limpando com as mãos dessa vez, minhas lágrimas.


Vejo-o se movendo para o lado, com certeza sentindo dor, mordo meus lábios com o pedido para me deitar ao lado dele, eu não deveria mas queria. Ouço o pedido pelo chocolate e então me apresso em pegar um, me deito na cama ao lado do namorado, dou uma risada leve e então fico olhando-o, coloco o chocolate entre meus dentes e olho-o esperando-o pegar o chocolate, era bom vê-lo bem, era bom vê-lo sorrindo e sendo ele mesmo, do jeito que eu amava, do jeito que eu o tinha, inteiro.

AT WITH SO

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Deixo que Seojae mordesse metade do chocolate que estava disposto fora dos meus lábios mantendo o olhar grudado no dele, eu conseguia ouvir o “bep” da máquina acelerando a cada segundo que passava, era engraçado, me fazia ter vontade de continuar provocando para ver até onde ele suportaria. Como a parte do chocolate que havia ficado em minha boca, passo a língua pelos lábios de forma distraída, olhando Seojae tentando se acalmar um pouco.


- Fique segura que você é minha única, mas preciso avisar minha irmã, ela vai estranhar eu não voltar para casa sem nenhuma desculpa, se duvidar já deve estar com aquele Ahjushi que ela namora, aygo! - Sorrio calmamente ao ouví-lo e balanço a cabeça positivamente, concordando com a ideia, era realmente sensato avisar os parentes a respeito de um acidente, eu mesma não o fiz antes por não saber nenhum número. Percebo que a máquina de controle de batimentos voltava a manter o ritmo acelerado, não nego que se eu tivesse uma daquelas me controlando não estaria nada diferente.


- Hyeri... Está tudo bem, se te assustei então você cuidou de mim, então logo vou ficar bom... Eu vou perder cabelo onde machuquei a cabeça? E mais uma curiosidade, eu ainda estou com minha barba, achava que tiravam barbas durante procedimentos… - Dou uma risada leve com tantas perguntas de uma só vez, e como sempre ele estava mais preocupado com a aparência do que com a própria saúde. - Annya, não foi necessário, você só teve alguns arranhões na cabeça, e não teria motivo para raspar sua barba. - Sorrio achando graça e pensando em como ele ficaria ainda mais bonito sem a barba, apesar de que era maravilhoso assim. - Mas se você quiser eu posso te ajudar com isso. - Falo com um tom brincalhão na voz ao perceber o breve medo de que eu levasse a sério a ideia. Começo a passar os dedos carinhosamente pelo peitoral do outro, como uma forma de acariciá-lo. 


Sinto os dedos dele pelo meu cabelo, e logo vejo-o colocando próximo à boca, fazendo uma espécie de bigode com a mexa, começo a rir, até que combinava! - Fico bem de bigode? Pois você está mais bela que o amanhecer. - Meus lábios se abrem em um grande sorriso com o elogio, balanço a cabeça concordando com a pergunta - Você fica bem de qualquer jeito. - Eu queria abraçá-lo novamente, queria ficar alí para sempre, e novamente a máquina apitando incessávelmente, a reação dele era sempre engraçada, me fazia rir, ele ficava muito fofo corado daquela forma. - Quando não for mais necessário eu faço questão de pedir para tirarem essa máquina daqui. - Mantenho meu sorriso, olhando cada parte do rosto de Seojae, coloco minha mão em cima da que ele usava para acariciar meu rosto, e então dou um beijo na mesma.


Eu estava começando a sentir o cansaço da noite de plantão, meus olhos ficavam um pouco pesados conforme o tempo passava, mas eu não queria dormir, queria passar o tempo com Seojae, cuidando dele, não como médica, como namorada, mas as carícias em seu rosto somente fazia a situação ficar mais e mais confortável, o suficiente para cair no sono à qualquer momento, a cafeína consumida algumas horas atrás já pararam de fazer efeito. - Seojae… me desculpe se eu dormir, mas… Você me dá trabalho! - Falo com a voz baixa e sonolenta, dou um leve tapinha no peitoral do mesmo, onde antes eu acariciava, e sorrio, eu queria abraçá-lo e usá-lo como travesseiro, mas com certeza não seria confortável para ele, então me contento em apenas ficar ao lado de seu corpo, sentindo o calor confortável. 

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Se fossem poucas vezes em que Jaewan encontra-se com Wookie, estas eram as causas mais especiais para fazerem tudo que queriam. Naquele dia, estava com sorte ao poder ficar com ela e mesmo que quisesse muito. - ao tratar-se do rapper, não teria como fazer apologias baixas.- não escaparia de Seojae. Uma mensagem, fez com que Wookie ficasse preocupada. Automaticamente também o afetava até achar melhor que deveria deixá-la um pouco sozinha.

Mesmo que resmungão, Jae partiu posteriormente não muito depois, sentiu seu celular vibrar na calça. Sabia o lido com a menor,mas ai já constava a abordagem do assunto mas completo. Riu com um ar sagaz ao ter em mente, guardar o texto para casos de risco. Constando um endereço, o maior apressou-se para encontrar o tal do hospital antes que tudo se recaísse a sua frente, novamente. 

Sua chegada foi propensa a uma entrada tranquila. O mesmo era capaz de ver serenidade no meio de um furacão, logo de cara foi abordado por um rapaz onde recebeu explicação sobre quarto e o pior de tudo, deveria realmente o ver. 

Parecia cruzar corredores e mais corredores, como um filme de terror conferindo cada plaqueta esverdeada. A dona do seu destino medonho, parecia estar pouco encostada. No momento, nem imaginou que deveria bater. Se não o vissem, seria melhor. A mão pálida firmou contra a maçaneta e girou empurrando-se para dentro lentamente vergando com o peito para dentro :

Ei, Seojae. - Proferiu miudamente como um rato. Quando os glóbulos se ergueram e foram tentar procurar o seu rosto, uma imagem bastante comprometedora o revelou um novo prêmio. Um jovem mulher estava deitada bem ao lado e a forma, pareciam ser íntimos. Jaewan mordeu os lábios para não gargalhar de forma absurda, sacando o celular para retirar uma foto. Seguidamente andou calado e cabisbaixo, fitando uma cadeira onde procurou se sentar. Duas provas em um dia só. Por garantia, colocou o aparelho no bolso das nádegas passando um certo momento calado. Dado o intervalo para que o açúcar o enjoasse, seus braços se cruzaram e uma tossida em teste de volume, fez com que falasse em um timbre abafado e audível a apenas o homem que estava mais próximo ao seu corpo :

Estou orgulhoso de você, Seojae. - A pausa foi perfeita para que lubrificasse os lábios e relaxasse a postura. Será uma honra, ser padrinho do seu futuro casamento. Ela parece ser legal. - A voz se cala risonha tão rápido que até o modelo se duvidava. Ao ver o seu relacionamento com o cunhado, ele não poupava veneno ou a grosseria que odiava transmitir. Parecia até uma criança com a forma que brigavam, mas o que dizer?

As orbes do maior rotatearam a face dele e a dela. Sua expressão fora de uma simples indiferença. Não tinha conectividade o suficiente com ele e também, seria um erro ensejar por isto. Olhou a moça fazendo uma breve reverência enquanto o ouvia com os olhos fixos contra o relógio. Andejou calmamente contra a porta até escutar algo sobre diploma. Aquele cretino não fazia ideia de sua origem? - Se perguntou. Mesmo que o padre que o criou muito bem, não o manteve em condições exuberantemente boas para que pudesse ingressar em uma universidade, supostamente também não poderia pagar mais uma. Lamentava-se por ser um simples ahjussi de merda. As mãos se fecharam duas vezes esperando o sangue descer até suspirar com grande profundidade não querendo nem se quer encará-lo :

Admiro a sua capacidade de mesmo eu sendo um velho,,vir lhe ver como estava e até mesmo ser tratado assim diante de uma pessoa querida por você. - A força se desequilibrou nos nas mãos morrendo antes que pudesse pensar em algo. Contrária a aparência, Wan sabia bem que aquilo não hora e nem mesmo lugar. Segurou girando a maçaneta para ir para fora porém assim que emperrou o pé na linha fronteira, sorriu levemente :

Eu não menti para ninguém e nem escondi nada.Estou sendo honesto. Não estou me expondo com argumentos contra alguém que antes recorreu a você por preocupação. - Posteriormente o moreno ergueu a tela do celular mostrando a exclusão da imagem já partindo. Coçou a nuca com uma faceta tão serena e ao mesmo tempo tão consternada com a adaga de minutos atrás que seu timbre de voz transformou-se em uma reza rouca :

Espero encontrar a senhorita em situações mais agradáveis, doutora Hyeri e quanto a você, Seojae se vire com a sua irmã. Não contribuirei com a sua farsa. - O corpo deu uma leve inclinada após a batida redundante em vogais dando uma saída séria, como ficava a sua consciência pesada :

- Wookie? Vamos almoçar juntos?!

Participação encerrada