{FP} Pyo Ki Joon

historia

Quando você não tem ninguém, o que não te mata te fortalece. Mesmo muito pequeno e sem entender muita coisa, Kijoon sabia que não era amado ou aceitado por ninguém. Vítima de maus tratos por parte dos pais apanhava até por dizer um A, quando dizia algo. Ele não se lembrava de quando começou o primeiro tapa além do necessário. Só sabia ser por volta de dois anos. Era horrível ver o menininho de 3 anos todo machucado e roxo daquele jeito. As perninhas machucadas e como ele mancava.

Um ano depois, seus pais foram denunciados. A assistente social veio e o levou do casebre pobre, mal cheiroso e descuidado em que sobrevivia. O garoto era muito arisco e não confiava em nada e em ninguém. Precisou ser sedado para ser levado para o abrigo. Nos primeiros meses, repetia as atrocidades que vivia em “casa” com os meninos menores do abrigo. Foram longas conversas com as freiras responsáveis pelo local. Ele não era castigado, pois seu psicológico estava abalado.

Pouco depois de chegar ao abrigo, conheceu duas mulheres que finalmente viam no garoto algum potencial. Sua pele ainda estava arroxeada, mas melhorara bastante e mesmo que Ki fosse recluso e antissocial, ele confiava sua vida às mulheres.

Mimos, presentes, dinheiro, prepotência, arrogância, mesquinharia, egocentrismo. Isso definia o Kijoon adolescente. Orgulhoso e nunca aceitou um não como resposta. Não se sentia bem perto de pessoas e foi obrigado a frequentar a escola e as aulas de idiomas e de instrumentos, de desenho, de dança e de atuação, o que foi um erro. Kijoon era um bom ator, mas nunca enganou suas mães.

Suas frustrações na vida eram descontadas nos meninos bonitos de sua sala. Desde quando aprendeu a usar o sexo como arma, usava-o para satisfazer tudo o que queria, quando não conseguia. Kijoon usou muita gente. Por suas mães e seus irmãos, o garoto nutria um sentimento muito bonito e nunca descobriu como se chamava e não se importava, de todo, só sentia-se seguro ali.

Quando tomou idade, tomou a influência da mãe e após iniciar a faculdade de jornalismo, virou editor da Spotlight, uma das maiores empresas de comunicação do país. Começou também a fazer alguns anúncios publicitários, em nome de sua mãe. Lembrava-se falhamente de um garoto que era filho de uma amiga de sua mãe e jurava tê-lo visto algumas vezes. Mas, quem seria? Onde estaria? Kijoon não tinha respostas para isso.