[RP FECHADA] - First Date

Batia o crachá no leitor, escutei o beep, o maravilhoso som da liberdade. Soltei um longo suspiro e andei vagarosamente até minha sala, guardando o jaleco e pondo o crachá na bolsa de couro, que onma insistia que era masculina, ainda acho que esta mulher quer me fazer de piada, mas tudo bem, o couro escuro ao menos protege meus documentos da chuva e neve com eficácia.

Andei a passos curtos pelos corredores, finalmente o plantão de dois dias havia acabado, minha barba não feita era bem vista, sorte que eu sou um afortunado e tenho uma barba não falha, perfeitinha e lindinha. Baguncei meu cabelo ao sair do hospital, estava num leve mau humor, uma paciente havia sido movida para casa dela, já sabia que não iria durar muito, mas ela escolhe como deve morrer.

Senti o frio, e numa careta coloquei um sobretudo, pronto, logo logo ficará quente, retiro o maço de cigarros do bolso interno e pego um, depois de uma certa distância do hospital, claro, ascendo e tragando, soltando lentamente a fumaça, as ruas estavam lotadas, deveria ter ido para casa de carro? Sim, mas algo me dizia que deveria ir andando, é melhor para pensar e eu posso fumar na rua, em casa minha velha iria reclamar. Afinal, sou um oncologista, devo ser um exemplo certo? Sim, mas preciso me manter calmo e distante de certas lembranças.

Finalmente o centro da cidade, estava do outro lado da faixa de pedestre, esperando minha vez de passar, naquele ponto sempre haviam moças jovens e belas, deve ter alguma agência por perto, meu sétimo sentido me diz que sim. Mas andava mais como um robô com cara de tédio do que normalmente. Luz verde e com perninhas se mexendo, opa! Hora de andar, comecei a andar e fumar lentamente enquanto quase que desfilava pela longa faixa de pedestre, a única coisa que me tirou do meu transe foi ter esbarrado em alguém.

Cigarro no chão, meu braço por reflexo segurou a pessoa, normalmente eu cairia junto, mas ela era leve, olhei seu rosto e sorri, a ajudando a se reequilibrar.

-Perdão senhorita.

Mantive meu olhar no dela, pisando no cigarro e o apagando. Fiz uma leve reverência e notei que o tempo estava acabando e peguei novamente em seu braço a levando de volta para o lado que supostamente tinha saído.

-Perdão novamente, mas é perigoso, muitas pessoas acabam no hospital por incidentes assim.

Ri sem graça, e fiquei ao lado dela, esperando o sinal abrir novamente, deveria ao menos escolta-la até o outro lado, ela parecia apreçada, se fosse mais pesada teria me derrubado.

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Crosswalk ≡
with moça bonita leve ≡
wearing Terno beje, gravata vinho e sobretudo preto. ≡

Era uma moça realmente bela, um compromisso sem muita importância? Ri e balancei a cabeça incrédulo, fazendo uma leve reverência de desculpas.


-Uma coisa que aprendi com a vida, senhorita, é que nenhum compromisso que nos atrasamos e nos vestimos tão bem, como a dama está, não é importante. Por isto é meu dever escolta-la até lá e fazer meu melhor possível para concertar o erro causado por mim.


Reparei que a luz começava a piscar e toquei suas costas suavemente, sem tocar exatamente, apenas para direciona-la, coloquei a mão no bolso interno do sobretudo, tirando de um porta cartões, o meu cartão, o retirando e entregando enquanto a conduzia com segurança até o outro lado da pista, ainda falando.


-Este é meu cartão, como estamos com certa pressa, a senhorita pode lê-lo depois, pode me informar onde vamos?


Eu não podia correr o risco de ter o nome da minha família desonrado por outro erro meu, posso ter defeitos, mas nunca deixo alguém desistir de algo, ela claramente parecia estar desistindo de algo, moças da idade dela não se vestem assim por acaso, só pra esbarrar num estranha gato e rico, bem que podia ser verdade, ou não, melhor encarar a verdade, já estou velho de mais para isto.


-Não viva o "e se", seja o "e se", a vida é curta demais para não lutarmos pelos nossos sonhos.


Sorri e chegamos no outro lado, fiquei a espera dela me guiar até o local, então reparando que ela estava de salto, tirei meu sobretudo, pondo nos ombros dela, entreguei minha pasta a ela e me agachei.


-Assim é mais rápido, pode subir e me orientando, você é bem leve, trabalha com sua imagem?


Geralmente quem trabalha com imagem tem esses problemas com peso, mas ela era muito bela, a levaria correndo se fosse necessário até o local. Eu tenho um nome, usa-lo de vez enquanto é bom.

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with moça bonita leve ≡
wearing Terno beje, gravata vinho e sobretudo preto. ≡

Senti meu braço sendo puxado e a encarei, piscando confuso, pondo meu sobretudo de volta, dei de ombros, queria fumar, mas não faria isto na companhia de uma dama, principalmente modelo. OPA! Modelo, nova, tem agência, estável, me dando bola, que isso? Budah seu lindo, sabia que uma hora ia me dá uma recompensa depois de plantões como este.


Sorri e olha a sua volta e aponta a um restaurante tradicional, porém caro, pois eu não como em lugar barato, só quando o dia é realmente ruim, hoje quero comer bem, a moça merece, vou deixar ela achar que vai ter de pagar, não, não farei isto, é deselegante.


-Pois bem.


Caminho ao lado dela e me apresento coçando um pouco a barba.


-Se soubesse que esbarraria em uma moça como você depois do trabalho teria ao menos feito a barba. Sou médico, por isto a cara de cansaço e as frases de auto ajuda chatas.


Ri, abrindo a porta do estabelecimento para a moça, e pedindo a recepcionista.


-Uma sala privada, podem já preparar um numero treze Premium e um Saquê quente por favor, do mais caro.


Sorri para a moça fazendo sinal para ela pedir, logo após seguiríamos a recepcionista até a sala, retirando meus sapatos brancos, fazendo um sonoro som de alívio, andando de meias vermelhas pelo tatâmi, até a almofada, sentando.

Peguei o copo com água e tomei, me sentindo revigorado, era o tempo para a moça sentar, ela já deveria estar se arrependendo, pois o nível do local era alto, olha que escolhi o mais simples, geralmente venho com meus colegas. A atendente chega com as bebidas me reconhecendo, era a mesma senhorinha de sempre, sorri, ela logo disse o de sempre.

-Já Desconfiava que era o senhor, irei falar para o chefe caprichar, qualquer coisa já sabe os procedimentos senhor Byoung.

Sorri e acenei com a cabeça que sim, entregando o casaco para ela, que logo desapareceu depois de pendura-lo. Apoiei minhas mãos na mesa e disse, sorridente.

-Pedi a melhor carne da casa, com acompanhamentos feitos geralmente para um banquete da família real, por isto, vamos brindar? Senhorita modelo...

Olhei para ela levantando o saquê para brindar, esperando que ela falasse seu nome, depois falaria o meu me apresentando de fato.

-Sou Byoung Seok Won, ou também, Dr. Won, mais conhecido como segundo filho da família chaebol Byoung e herdeiro da cadeia de hospitais mais importantes de Seoul, creio eu do país. Então, acho melhor eu pagar a conta, este lugar não é nada barato, sou muito acostumado a comida boa.

Ri e fiquei esperando a reação dela, tomando meu saquê.

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Hum, então a moça tinha algumas posses, mas quais? Pouco me importa, sorri, percebendo o porque seu rosto era familiar, ela era muito interessante, suas reações eram claramente tentadoras, acho que ela achava que eu era pobre, pois pela sua reação ao me apresentar só faltou pedir o extrato da minha conta bancária.

Ri. Ri uma risada gostosa caindo no chão e dizendo entre risadas, num tom meio incrédulo e divertido. Meu rosto estava tão vivo, que fazia tempo que aquela expressão passava por lá, assim como a sensação de vivacidade.

-Bem, meu irmão é mais rico que eu, já que ele é o mais velho e sucessor dos negócios mais valiosos, pelo que percebo não leu o cartão de visitas direito, mas sou atuante na área de Oncologia, quando minha onma se aposentar assumirei a direção dos hospitais, ai bem, pelos meus cálculos minha renda supera sua estimativa.

Cocei minha barba e reparei nas servente chegando, todas pararam, reverenciaram e então nos serviram, revirei meus olhos para aquilo, disse meio ranzinza.

-Aish... Já disse que não precisam fazer cerimônia... Ayhu...

Dei um longo suspiro enchendo nossos copos de saque novamente, dizendo sorridente.

-Kampai!

Então brindaria com ela, olhando para os mais variados pratos ali servidos, concentrado, não sabia por onde começar, me apoio na mesa fechando os olhos e digo abrindo a boca num 'o'.

-Não sei por onde começar, pode escolher um para mim? Ah, fico até feliz de ter conhecido alguém como você por acidente, minha onma está enchendo meu  tempo com encontros idiotas, dizendo que estou ficando velho e tenho de me casar logo.

Ficaria ali esperando, com meus olhos fechados ela talvez ficasse mais a vontade.

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Woo Su Bin ≡
wearing Terno beje, gravata vinho e sobretudo preto. ≡

 Fiquei levemente decepcionado ao perceber que a moça não me alimentaria, peguei e mastiguei o pedaço do prato sugerido, logo gemendo de prazer, que sabor divino, passando minhas mãos pelo rosto olhando para o céu, agradecendo com o olhar aquela comida divina. Engulo, e tomo do meu saquê, até a surpresa.


Convite? Hã, meu deus, o que eu disse, ela vai me entender mal, acabei me engasgando corando com o perceber da minha falha me virando para o outro lado, depois de bater duas vezes com força no meu peito, fazendo a bebida sair comicamente da minha boca, desenhando a parede, olhei as gostas escorrendo e virei o rosto para ela com os olhos esbugalhados.


-Con-convite? Depende, se me falar o que insinua o que acho ser, posso ou não confirmar.


Limpava minha boca com guardanapos e colocava outro pedaço em minha boca, a observando, sério, analisando-a, não sabia o que tinha por vir, será que sem querer eu pedi a moça em casamento? Isto faria minha onma infartar e morrer de alegria, ou não. Se mortes.

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Woo Su Bin ≡
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Os rashis caíram das minhas mãos enquanto ela falava, a olhando perplexo, com uma tremenda cara de "que que tá acontecendo?", tinha alguma droga na comida? To alucinando? Por que meu coração bateu tão forte, que menina lindamente perigosa.


Engoli e tossi constrangido por ter achado que ela falava sério, parecia, a encarei a analisando dando um riso nervoso, nem eu entendia as borboletas em meu estômago, que bruxaria ela lançou em mim, mas parece bem interessante, vou entrar no jogo dela, o que pode acontecer é eu me dar bem por uma noite, sendo que já me dei, tendo ela como companhia num jantar.


Sorri e me inclinei sobe a mesa, estendendo minha mão para seu lábio inferior, a olhando intensamente, limpando-o enquanto falava com um sorriso galante nos lábios.


-Realmente, você vale mais do que só uma noite...- ri suavemente retirando meu dedão de seu lábio e pondo na minha boca, limpando-o e com uma feição séria e provocativa continuei, levando a mão em uma mecha de cabelo dela e pondo para trás, meu coração espancava meu peito, fazia tempo que me sentia vivo daquele modo e até dando em cima de alguém com aquela seriedade. -Toda brincadeira possui um fundo de verdade, basta você escolher qual, eu e você só temos a ganhar.


Me aproximei ainda mais, fazendo a mão soltar sua mecha de cabelo e acariciar seu rosto, sempre a olhando nos olhos, a seduzindo, dizendo a centímetros de seu rosto, num tom suave e com ternura.


-Fazia tempo que não me sentia tão vivo assim... Acho que não teria medo de lhe amar, mas você estaria pronta?


Mordo meu lábio e suspiro voltando ao meu lugar, pegando os rashis voltando a comer, o modo como agia demonstrava a insegurança e uma ferida desconhecida a ela, mas que parecia voltar a martelar em meu peito, me fazendo ficar silencioso e pensativo, esperando a reação dela, pois era difícil retirar meus olhos dela.

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Oi? Que que ta acontecendo, quando percebi ela segurava meu queixo, fazendo minha mão pender na mesa, as duas inertes, enquanto a olhava, hipnotizado, eu não acredito que achei alguém capaz de me fazer sentir aquilo, seus lábios tão próximos, me fizeram engolir, com sua faze final a encarei com todas as minhas forças.


-Discordo de você não ser ideal para mim, pois é a segunda mulher que conseguiu me fazer sério, já que está me pedindo, lhe concedo a minha mão, minhas noites, meus dias e minha vida.


Disse sério e com um tom romântico que não usava havia anos, meu coração batia rápido, meu corpo se mexeu sozinho, fazendo minhas mãos se prensarem contra a mesa e levar meus lábios nos dela, a beijando com fervor e sede.


Aquilo era loucura? Sim, ela podia estar aplicando um golpe? Sim, mas eu ligo? Não, apenas quero aquela mulher em minha vida, parece que a minha sorte estava mudando, desta vez não me apaixonei por uma mulher a beira da morte, ou será que ela estava, se bem que todos estamos, basta chegar na hora certa.

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Aquele beijo, meu buda, socorro, me segura, se não as ajumas vão ouvir coisas obscenas, então ela interrompeu o beijo, abri os olhos a encarando confuso, ela dizia com palavras que não deveria me apaixonar, mas seu corpo, toques, tudo dizia o contrário, então, BANG! Outro beijo, retribuí na mesma intensidade, fervura e desejo.


Então ela novamente nos separa, em fazendo impaciente até ela tocar quase que com uma espada na minha ferida, ela voltou a sua posição, intrigada e curiosa, eu sentei de modo relaxado, peguei a garrafa de saquê e tomei no gargalo, vários goles, com certa força coloquei na mesa, coloquei os braços sobe a mesa, meu rosto se obscureceu, a dor no olhar era vivível, mas se ela queria saber, saberia, mesmo que me doa falar e lembrar. Minha voz era meio morta e rouca.


-A conheci quando estava no período de internamento, na época fui forçado a estudar oncologia, não queria ser médico, mas sabe como é a vida, quando achamos que basta seguir o plano dos pais que tudo dá certo, ela vez e te dá um chute no saco.


Dou uma risada da própria fala, a olho e continuo a falar, parecia que toda a vida que eu tinha havia desaparecido, a dor era visível e a chance dela me querer depois disso era bem pequena, era muito drama, mas ela queria saber, pois bem.


-Ela era uma paciente, sempre sorridente, acabei me apaixonando por ela, não aparentava estar em seus dias finais, mas mesmo assim ela me correspondeu, foi ela que me fez aceitar minha profissão e fazer de tudo para que meus pacientes vivam, pois falhei com ela...- pude sentir as lágrimas caírem, involuntárias, a olhei nos olhos e disse. -Desde então eu vivo cada dia como se fosse meu último, por isso pareço um livro de auto ajuda com cara de mendigo, ela tinha tanto pela frente, se eu tivesse levado mais a sério os estudos antes, talvez ela estivesse viva.


Dei um longo suspiro, limpando as lágrimas e dizendo envergonhado, cobrindo meu rosto.


-Hoje eu falhei de novo, perdi um paciente, por mais que dizem que não nos apegamos, nos apegamos, era uma criança, ele tinha idade para ser meu filho, eu não escolhi amadurecer, a vida me forçou, se me conhecesse no passado, riria em saber que virei quem sou, sempre vivi a vida intensamente, não que me arrependa, mas de todas, só duas capturaram meu coração, ela e você. Vocês duas conseguem me fazer vivo, me sentir valorizado e não um ser humano que tem a vida toda traçada e deve segui-la como um robô.


Respirei fundo e me desculpei com gestos pelo desabafo me levantando e pedindo um minuto para poder me recompor. Ainda meio melancólico andei até Subin, sentando ao lado dela e dizendo.


-Por que não acha ser a mulher ideal para mim? Não me importo, realmente, estou sendo sincero, posso parecer louco, mas só vivemos uma vez, por isto estava sendo sério quando disse que aceitava casar com você, isso se ainda quiser, que aceito dar minha vida para você, pois eu também não acho que seja o melhor para você, mas não consigo deixar esta chance me escapar.


Seguro sua mão e a beijo com delicadeza, segurando com ambas as mãos me ajoelhando.


-Aceita este fanfarrão inconveniente, que fuma, que é o pior partido existente? Pois eu te aceito como é.


Sorri com ternura e doçura, a olhando, esperando sua reação.
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Woo Su Bin ≡
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