Balada no dia anterior havia sido muito boa, cheguei quase amanhecendo, pegando algumas pedras e jogando na janela de Kwon, contendo o riso, ele andava dizendo que estava sendo assombrado, isto apenas deixava ainda mais divertido. Logo adentrei em casa com passos suaves, subindo as escadas e me jogando na cama, logo minha onma chega abrindo a porta e puxando minha perna, me jogando no chão, como ela era carinhosa.

Olhei para ela com uma cara poker face dizendo: -Para que tanta gentileza dona minha onma?- minha voz era rouca e minha cabeça explodia, a velha foi até a janela e abriu a cortina, me fazendo gemer de dor, tampando meus olhos dizendo dramática e a velha rindo: -MY EYES!- me levanto e reparo numa cena na janela vizinha, onma estava virada para mim, mas Kwon fechava a cortina envolto em toalhas, mordi o lábio, ouvindo ela jogando roupas na minha cama e jorrando ordens.

-Vista-se e tome um banho, finja que não está de ressaca e se comporte.


Cerrei meus olhos e fiz um "yes sir", ela saiu reclamando e me despis na frente da janela, depois fui para um banho frio, ter a chance de infernizar meu Kwon amenizava qualquer ressaca, o banho me revigorou, deixei meu cabelo bagunçado, vesti um short curto jeans e um top branco e preto, listrado, pondo uma blusa folgada branca por cima, peguei um óculos escuros de bordas vermelhas e coloquei, depois de claro, passar um batom vermelho, pondo um par de tênis confortáveis. Descendo vagarosamente as escadas, onma havia deixado em cima da mesa uma bebida para ressaca, tomei e joguei fora o pote vazio, peguei o perfume da minha onma e passei, era forte e disfarçava meu hálito. Segui até o carro e me joguei no banco traseiro, dormindo.


Acordei no parque, com meu appa em acordando, dizendo que Kwon estava lá, me levantei preguiçosa e sai andando em direção com appa, ele havia falado para Kwon esperar e parece que a espera nos fez bem, ele estava mais atraente, mas ainda parecia um menino, disse então dando um leve soco no ombro dele: -Yoh! e então meu pai nos deixou a sós por algum motivo, e arqueei a sobrancelha, dizendo para Kwon: -Esses velhos andam mais estranhos que nunca, olha eles ali, são bizarros, desculpe por eles.


Apontei para uma manta no chão e sentei, dizendo:  -Como vai a vida de guitarrista Kwon? Muitas garotas ou ainda anda como sempre? ri e baguncei o cabelo dele, me deitando no chão fazendo um aish sonoro.


 -Que sol forte.

Dizem quem pessoas mudam, mas Kwon sempre se manteve um menino calmo, obediente e sempre evitando proximidades, o oposto de mim, ao contrário dele, peguei logo corpo, tenho a pele mais escura,sempre dei dor de cabeça para o mundo. Kwon não, sempre um doce de pessoa, olhei para ele através dos óculos e disse, com uma expressão incrédula.




-Hã? Quem te disse essa mentira? Guita rristas são os segundos mais assediados numa banda, isto quando eles não são também os vocalistas, as vezes mais até que os vocalistas, Kwon, se valorize mais.

Fiz um barulho com os lábios com se ele tivesse falado a mais idiota frase do universo, ri e me virei, ficando com o corpo virado para o lado dele, apoiei minha cabeça e o observei, ele estava muito retraído pro meu gosto. Mas ele sempre foi assim.



-Treinando na agência, saindo a noite, jogando pedras na sua janela, o de sempre.

Ri tampando a boca como se tivesse confessado um crime, mas o pobre já deveria saber quem ficava jogando pedras na janela dele, né? Acho que não, ele é inteligente com livros, não outras coisas, ah! Com música também. Logo mudei de assunto mexendo nos cabelos negros dele.



-Seus olhos brilham bonito no sol, seus cabelos ainda estão pretos, tive de descolorir o meu, até que gostei, você não mudou nada, continua o mesmo menino da janela ao lado. Te vi envolto de toalhas de manhã, foi engraçado, parecia uma moça.

cai de barriga no chão rindo alto, girando de um lado para o outro, tirando o óculos, ficando e posição fetal ao lado dele, próxima, encostando a minha testa nele, falando baixinho.



-Ninguém anda se aproveitando que sua protetora esta ausente e ficou de oprimindo? Você parece cada vez mais frágil, já foi ao médico? Você é feito de porcelana? Ignore as duas ultimas perguntas oppa, responda só a primeira.

Eu sabia que os velhos estavam jogando, meus pais nunca ficariam vigiando Kwon, se fosse outro sim, mas ele não, eles confiavam nele, os pais de Kwon eu nunca entendi, podia perguntar, vou fazer.

-Seus pais nunca tiveram problemas com nossa amizade, principalmente com meu modo de ser, meus pais nunca ficariam tão tranquilos como agora, não sei realmente o que você tem que os fazem tranquilos, você sabe Kwon?

Neste momento fiquei deitada direita o encarando, o rosto dele estava meio diferente sim, podia ver agora mais de perto, mesmo que a claridade me doesse até a morte os olhos, mas podia até ver que ele tinha gogó, nosso, será que o menino Kwon cresceu?

Riu novamente, e me sento, pondo sua cabeça em meu colo, fazendo tranças em seus sedosos e negros cabelos. Falando para ele viva, era engraçado, ele era um bom remédio para ressaca, estranho.

-Eu saio desde o colegial, desculpe pelas pedras, pararei de jogar, mas atenda, é mais fácil entrar pela sua casa que pela minha.

Ri novamente e disse, apertando uma bochecha dele e pegando seu óculos o pondo, fazendo uma pose sexy, acho mais fácil nossos pais acharem que ele é gay e eu lésbica, coitados, sabem de nada.

-O oppa tá com ciúmes? Que fofo, ta passando pela puberdade? Pois seu gogó tá bem latente agora, meu menino tá virando hominho.

Faço um biquinho triste, devolvo seus óculos e sorriu, realmente, ele mudou, ainda delicado, mas não entendo quando pessoas falam que ele é apático, não tem nada atrativo, olha só que lindinho, ele sorri e se expressa, será só comigo? Nah, duvido.

Então me veio a lembrança e soltei olhando os velhos, num sussurro, mais pensava para mim mesma, mas acabou saindo.

-Será que é por causa daquilo...

Era bom saber que agora poderia entrar em casa pela minha janela e não pela surdina, teria que começar a elaborar uma ponte para passar do quarto de Kwon para o meu. Porém meu pensamento fora esmagado com uma inquietação com seguintes falas e reações dele.

Me deitei de lado, emburrada, estava aborrecida com ele, tá, certa parte entendia, mas outra não, pois eu sabia exatamente o que sentia mas não sabia por que dos infernos tinha de ser logo ele? Eu havia dito quando mais nova, sei que foi por impulso, mas será que  eu ainda gostava dele? Não, não era possível. Ele nem lembra que eu berrei aos ventos que nunca o amaria, ah, deve lembrar, deve ser por isto que falou aquilo antes, faz sentido.

Me sentei e virei a cara para ele, minha feição não era das mais amigáveis, minha voz era confusa e meu olhar inquieto.

-Você que é o esperto entre nós dois, não lembra? Ah! Deixa quieto, nem eu mesma entendo, somos tão opostos mas nos damos bem, é estranho né?

Comecei a olhar a frente, pensativa, esticando as pernas e tombando a cabeça para o lado onde ele estava, apoiando meu peso do corpo com meus braços, olhando para cima disse sem nenhuma seriedade.

-Quando éramos pequenos... você chegou a gostar de mim?

Sabia que era uma pergunta besta, mas estava meio inquieta e fiquei olhando as nuvens, pois já me arrependia de agir sem pensar.

Ri e deu um peteleco na teta dele.

-Eu não tenho relacionamentos sérios, e também, olhe para mim, tenho cara de quem perde tempo com boy e girl que fica de doce? Nana nina não. Bitch please, i'm fabulous!

E estalei os dedos, batendo palmas rindo escancarando a boca e deitando no colo dele, respirando fundo e soltando um longo suspiro.

Voltei então ao assunto que evitei pois eu sou uma retardada que parece querer arruinar uma amizade perfeita.

-Oppa, você gostou e pelo visto gosta de mim, mesmo tendo sido uma vadia escrota tendo dito aquilo, desculpe... Você é tão amável, eu era tão imatura, não que tenha amadurecido algo, acho que amadureci só o corpo e 0.00001% mentalmente. Invejo muito você, admito que sinto coisas que me deixam confusas, tudo culpa sua.

Escondi meu rosto e dei língua para ele depois, pondo minha cabeça dentro de sua blusa, escondendo meu rosto, o abdome dele não era nada como achei que era, pelo contrario, tinha até uns gominhos, nada lá muito másculo e do meu tipo, mas me deu vontade de dá um chupão ali.

E chu, então girei até cair na grama olhando pro céu pasma e dizendo.

-Que que aconteceu? Que bruxaria cê lançou em mim quatro olhos?

Me levantei e joguei a minha blusa branca na cabeça dele, ficando com o top listrado, deitando do lado dele, deixando minha testa encostada na dele, porém com nossos corpos apontando para lados o opostos, como o norte e o sul.

-Eu que digo, me perdoe, prometo não fazer brincadeiras assim com você.

Fecho os olhos, sentindo o calor do sol, minha blusa protegia o rosto de Kwon, ele era branquelo, eu pego cor fácil, então não tem problema, não quero que a pele delicada dele se queime. Começo a fazer um beatbox baixo e tranquilo, não agitado, numa batida constante, me abraçando.

Sinto um medo ilógico, medo de tocar nele e não poder me controlar, medo de olhar nos olhos dele, medo de não ser mais a mesma de sempre com ele, medo de não agir como sempre, será que proferir as mesmas palavras seria algo sábio? Melhor esperar.

Que carinho bom, estava quase adormecendo, o carinho que ele me fazia me fazia me sentir como a muito não me sentia perto dele e por causa dele. Definitivamente eu ainda sentia algo por ele, mas eu sou muito perigosa para ele, não quero machucá-lo, esse medo, ainda não consigo decifrar por que sinto.

Suas palavras me despertaram do quase sono. Se acostumar? Ele era louco? Ou, não, impossível, ele é só um garoto ainda na adolescência, não creio que possa, mas e se? Ir pro lago? Ele quer ficar fora de vista dos velhos? Pisquei me levantando pegando o casaco e pondo sob sua cabeça de novo, mandona.

-Proteja sua pele, você é muito branquelo para o sol, eu sou mais resistente, você não quer ficar queimado, quer?

Fiz sinal para ele seguir na frente, peguei meu óculos, colocando-o, então peguei o dele e coloquei nele, seguindo a dianteira, correndo, dizendo.

-Quem chegar por último vai ter que cumprir uma ordem do outro.

Ri, não correria sério, estava curiosa para o que ele faria de punição para mim, mas não deixaria óbvio minha falsa derrota. Eu estava realmente encrencada, se as cisas fugirem de controle posso me arrepender do que terei de fazer novamente.

Eu deveria ter ganho, o olhei com uma cara meio afetada, mas num suspiro longo me sentei tirando meus tênis, falando em sussurros palavrões, arfava levemente, mas a visão dele corado e arfando, era muito, entrar na água era até seguro.

Fiquei descalça o fuzilando com os olhos enquanto tirava meus óculos, entregando em suas mãos e dizendo meio brincalhona e risonha.

-Sorte sua que está quente.

Parei na frente do lago e olhei para água checando se estava limpa, pondo um pé dentro, fechando as mãos com força e entrando dando um gemido reclamando da água gélida, aish, então, bam, mergulhei. Voltando logo para perto de Kwon o olhando bem acordada agora.

-Sorte sua que minha maquiagem é aprova d'água! BABO!

Ri, e comecei a sair da água ajeitando o cabelo, espremendo-o, o olhei e disse arqueando uma sobrancelha, sem lembrar que minha roupa estaria provavelmente colada no corpo e meu top estaria mostrando o relevo dos mamilos duros pelo choque térmico.

-Pode me devolver por favor? Preciso me secar... Ou prefere está visão?

Ri, mordendo os lábios sensualmente. A outra mão segurava o short agora pesado e molhado, peguei os tênis e a meia, deixando o short descer um pouco, visto que tive de liberar a mão que o mantinha na altura, mostrando mais ainda, mas não muito.

Minha boca virou um perfeito "o", minha face admirada com o que ouvia, com certa surpresa, quem diria que ele reagiria assim, será que o menino Kwon só existe na minha mente? Parece que sim e por pouco tempo, eu segurava o riso e continuava a provocar, vendo que ele me olhava, não nos olhos mas em vários pontos.

Peguei o casaco que foi atirado em mim, começando a me secar, ao reparar que ele iria me devolver meus óculos, deixei o casaco no ombro e peguei nos óculos agradecendo com um largo sorriso, tanto com a boca tanto com os olhos. Mas ai veio a surpresa ele demorou de ceder, me fazendo franzir o cenho, o olhando questionadora, pensei em dar um pigarro, mas ao perceber o porque, mudei de ideia e apenas esperei.

Então seu comentário, até eu corei junto dele, não tanto como ele, não esperava aquilo dele, deveria estar gozando da minha cara.

-Oppa! Não fale coisas assim, posso interpretar de outro modo.

Meu olhar era desconfiado, achei que voltaríamos, anda me secava mas a blusa casaco já estava quase mais molhada que meu short, amarrei na cintura e coloquei meus óculos que havia posto no top, olhei para ele sentando, pedindo desculpas e falando em me aquecer, olhando para ele sorri com ternura e baguncei o cabelo dele, fazendo uma voz de bebê falha e bizarra, minha voz não dava para ser fofa.

-Não se preocupe, me enrolo na manta lá em cima igual um bolinho, ai fico no sol. Minha saúde é boa, não fique assim.

Ri, pegando no braço dele e o levantei falando.

-Além do mais, a culpa é minha por ter deixado você ganhar, deveria ter ganho...

Coloquei minhas mãos para trás da nuca e fiz um biquinho, enquanto seguia o caminho de volta, mas eu queria mesmo era atacar, ver o que mais ele podia me surpreender.

A mão dele era grande, havia crescido, ele não era mais um garoto, sua mão era quente, me fazendo entrelaçar nossos dedos, tocar nele me fazia me sentir diferente, vou aproveitar que ele está puxando corda e reagindo bem, vai que os velhos brigam por causa do jogo e vão embora? Duvido, velhos viciados.

Ele me pergunta para onde podemos ir agora, ri e disse olhando para o pequeno bosque, andar por ali seria bom, daria para atacar, pobre Kwon, mas agora não consigo me controlar, você já provocou mito, não entendo como ele me desperta assim, mas a doçura dele e sua inocência...

-Oppa, vamos passear ali no bosque.

Assim não tenho que me preocupar com os velhos vendo algo, ri deste pensamento e fiz um gesto para ele ignorar a risada, coloquei minha cabeça em seu ombro, dizendo baixinho.

-Você está tão quentinho oppa... Esse perfume é novo?

Eu não sei se foi a água, mas ele cheirava absurdamente bem.

Não, não poderia ser o mesmo perfume, o cheiro era diferente, tinha algo nele que me fazia sentir mais quente e meu coração acelerar só de sentir. Me causou mais estranheza ele aceitar tanto contato físico, será que ele estava falando sério mais cedo, será que ele gosta de mim, mas preciso de mais sinais, mesmo manter o controle ser difícil.


As copas eram belas, naquela distância e paisagem os velhos não veriam mais nada, porém para minha surpresa, Kwon subitamente para, me fazendo parar também, passando seu braço atrás dos meus ombros, omona, ele me abraçou, ele, por pura vontade quis mais contato físico, ele não é o garoto que conheci, o menino que conheci nunca faria isto, nem depois de sua protetora aqui levar inúmeras surras o protegendo.

Minha voz sai rouca enquanto meu corpo se mexia sozinho, o abraçando com o braço livre, pois a outra mão, não queria soltar-se da dele, apertando-a de leve. Ele estava até mais alto que eu, de fato, chego a uma conclusão ele não é mais um menino, podia sentir seu corpo no meu, cada pedacinho, era estranho mas a verdade era mais chocante.

-Você mudou também, não é mais um menino, é um homem, é a primeira vez que me abraça.

Me aninhava no peito dele, a outra mão acariciava suas costas, levantei a cabeça e disse com ternura e seriedade.

-Agora tenho de inclinar minha cabeça para te ver... Acho que perdi meu título de protetora...

Ri, olhando seu gogó, então seu maxilar bem desenhado e o que podia ver de seu rosto, falando sem pensar.

-Nunca tinha reparado, mas mesmo tendo traços delicados... VocÊ é muito atraente.

Tudo dele me chamava para mais contato físico, tinha de aproveitar, sabe-se lá quando terei uma oportunidade assim novamente, as palavras dele fizeram um riso sair dos meus lábios e olhando seus lábios, ele acabou de beijar minha testa? Confere isto? Ele mudou, posso ter mudado externamente, mas internamente era a mesma, tirando o fato que se não me controlar, logo ele vai descobrir, mas duvido ter algo chamado controle, que lábios.

Ri com o que ele disse sobre mim, soltando nossas mão e passando a ponta das unhas em suas costas, subindo até sua nuca, brincando com seus cabelos, acariciando de leve a região o olhando com intensidade nos olhos, mordia meu lábio inferior e disse forçando sua cabeça para mais próxima da minha, sentia meu corpo esquentar e trazê-lo para mais perto, dizendo com certa malicia e luxuria.

-Devo ou não devo? Não devo, mas quero.

Então o puxaria e iria de encontro aos seus lábios, o olhando intensamente, a sede de anos ali, não queria fazer aquilo mas meu corpo se mexia sozinho, não conseguia parar, odeio quando isto acontece, tinha de acontecer logo com Kwon? Deve ser o destino agora querendo protegê-lo de vez. Mesmo sendo cantora, dançarina e rapper, sou uma baterista também, minha força pode espantar as vezes, mas desta vez, para me soltar dele ele teria de me machucar, se ele quisesse fugir, ele cheira e tem um gosto tão bom.